Respire fundo. Mergulhe. O que se segue é estranheza, surpresa, acolhimento e prazer, basicamente nessa ordem. Explicitamente inspirado pelo rio místico que atravessa Manaus, D'Água Negra trata da resiliência, sim, mas muito mais sobre movimento e o poder transformador e absolutamente necessário da arte. ​

 

D'Água Negra é uma banda amazônica, sem dúvida, mas sem nenhum compromisso com o clichê regional. ​

 

Composta por Clariana Brandão Arruda, Bruno Barrozo Belchior e Melka, respectivamente, se viram ligados ao mesmo tema pulsante: a rara idiossincrasia manauara, ou, para ir além, a idiossincrasia nordestina.

 

Todos nascidos na capital do Amazonas e igualmente envolvidos em projetos culturais, especialmente na área da música, seus caminhos se cruzaram no início de 2020, pouco antes de serem separados pela pandemia. Nada poderia ser mais simbólico do que o rio Rio Negro para ilustrar a importância desse fluxo. "D'Água Negra traz uma localização geográfica fundamental para nós, como um projeto manauara, do Norte, mas, assim como o rio, cujas águas evaporam e viajam para os continentes, também abraçamos diferentes linguagens artísticas, referências como jazz, blues, soul, breakbeat, música eletrônica, enfim, somos um laboratório musical aberto a tudo, nos conectando ao mundo todo"