Imigração, Liberdade e Poesia.

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Som do Ayom canaliza energias da África e América Latina

 

O álbum de estreia autointitulado de Ayom é uma coleção vibrante de faixas que apontam e se inspiram na música folclórica do Brasil, Angola e Cabo Verde. Mesclando tradições centenárias com a linguagem sombria e rítmica das culturas lusófonas, Ayom desafia os puristas e proporciona uma jornada espiritual acelerada através do Atlântico. ​

 

Enquanto algumas pessoas acreditam que, ao decidirmos ou sermos forçados a deixar nosso país por outra terra, também deixamos nossa cultura para trás, Ayom acredita exatamente no oposto. Formado em Barcelona em 2018, Ayom é composto por 6 membros de Angola, Brasil, Grécia e Itália, com a cantora e percussionista Jabu Morales no centro do palco. Seu nome refere-se ao "Senhor da Música" e à energia pulsante que existe nos tambores dos Orixás, os deuses adorados na fé brasileira do Candomblé. A conexão lusófona recebe uma atualização única do Mediterrâneo com a adição do acordeão (Alberto Becucci), acrescentando à natureza sem fronteiras da filosofia e composição do grupo. ​

 

O álbum de estreia autointitulado de Ayom é uma coleção vibrante de faixas que apontam e se inspiram na música folclórica do Brasil, Angola e Cabo Verde. Mesclando tradições centenárias com a linguagem sombria e rítmica das culturas lusófonas, Ayom desafia os puristas e proporciona uma jornada espiritual acelerada através do Atlântico. ​

 

Autobiográfica, a canção está repleta das nuances do poder feminino, em plena transição entre suas diferentes fases-faces: menina, mulher e mãe, marcando o processo migratório de uma mulher brasileira que deixou seu país para conquistar e viver plenamente sua liberdade sem fronteiras físicas ou simbólicas. Além disso, retrata a jornada da artista às suas origens, que encontra, a partir do som do tambor, a força para se conectar com sua ancestralidade.

 

Cantada com uma voz suave, Ayom revela um discurso forte, mas ao mesmo tempo leve, desenhando, de maneira emblemática, a nova fase de Morales, que deixou o Brasil para viver em Barcelona, afirmando seu empoderamento feminino, enquanto nos faz refletir sobre os paradigmas que permeiam uma sociedade preconceituosa, sexista e misógina