PSICOPRETAS E A VISIBILIDADE FEMININA NO RAP

Inegável é a importância do cypher Psicopretas, projeto idealizado pela MC Sistah Chilli, que traz para o centro do debate a unidade de mulheres negras, sejam mais ou menos retintas, tendo em vista a ruptura e divisão que o colorismo causa dentro de diversas esferas, como também dentro do cenário do hip hop.

“É que pra nós é muita treta

ver uma preta contra outra preta/

Destruindo nossa luta

Um branco inventa e “ceis” aceita?!”

Tanto o vol. 1 quanto o vol. 2 foram lançados em 2018 pela Narceja Produções, e reuniram nomes como Sistah Chilli, Cris SNJ, Anarka, Bia Doxum, Dory de Oliveira, Monna Brutal, Alinega, Yzalú, Gabi Nyarai, Meg Tmthc e Danna Lisboa, integrantes estas que, em busca de uma coletividade para fortalecer as mulheres puderam proporcionar uma visibilidade dentro do hip hop, espaço em que o se encontra dominado pelo machismo.

Observando a projeção das artistas envolvidas no Psicopretas, o projeto cumpre o seu fundamental papel de representação feminina, seja ela cis ou trans, dentro do rap, e hoje podemos acompanhar como as MC’s permanecem no cenário atualmente, sendo resistência e tambem a força feminina a ocupar os espaços engessados por práticas machistas.

Psicopretas é atual e necessário em tempos de ode ao ódio!